Um fim de semana de superação

Este fim de semana foi diferente para todos, pai, mãe e filhos. Eu, que estive muito doente no final da semana com uma infecção respiratória arrastada há duas semanas, tive que me deslocar a Lisboa para frequentar um curso e o trio ficou sozinho com o pai, pela primeira vez. Deixei todas as refeições semi-preparadas, para que não tivesse que se preocupar com comida e a roupa organizada por dias e actividades. Confesso que, apesar de confiar no meu marido e nas suas capacidades como pai, fui com um nervoso miudinho, com receio que ele não os ouvisse chorar durante a noite, que se distraísse durante uns minutinhos e quando olhasse já estivessem  pendurados aos varões do cortinado ou até que perdesse algum. Acho que são medos de mãe que está habituada a ouvir um "Ai" e saber de quem é e o que quer. Foi uma prova para o pai e para mim, como mãe, para me mostrar que na minha falta há quem cuide tão bem ou melhor dos meus filhos. Tanto eu, como ele, estamos habituados a que seja eu a tratar e a preocupar me com quase tudo e este fim de semana as coisas mudaram, para melhor. Apercebi-me disso mesmo, quando na segunda, o meu marido gritava do corredor, a pedir-me para não descascar as maçãs porque eles comiam com casca. Ficou a conhecer melhor os gostos deles.  Apesar de ter sido um fim de semana cansativo e longe dos que amo, senti um orgulho enorme nos quatro, pelo bem que se portaram e quando me contavam com a maior felicidade que tinham ido passear com o papá ao parque e ao shopping e que já falavam mais espanhol. O único senão, que ficaram cheios de saudades minhas e com algum medo que não os vá buscar à escola. Nada que muitos miminhos e abraços não resolvam!