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Carta aos meus filhos de 3 anos

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Há três anos a minha vida mudou, foram vocês Dinis, Maria e Diego que mudaram a minha vida. Cortaram-nos os cordões umbilicais cedo demais, mas nem por isso deixámos de ter a maior e mais verdadeira ligação do mundo, entre Mãe e Filho. Não sabia o que era amar um filho, quanto mais amar três de um dia para o outro, mas foram vocês que me ensinaram, que me mostraram aquilo que já ouvia e não sentia, amor de mãe é inexplicável. 
Mas, agora que fizeram os três anos e passaram a idade dos terrible two, deixam de ter razões para alguns comportamentos. Os três anos trazem maturidade e por conseguinte mais compreensão, por isso gostava que não discutissem tanto pelo mesmo brinquedo, ou pelo menos que não deixassem marcas de unhadas e dentadas, uns nos outros. Gostava que, em vez de se atirarem ao chão em locais públicos, me escutassem até ao fim e argumentassem de forma educada. Relembro, meus filhos que os talheres existem e que substituem as mãos, em locais de refeição e convívio, como por exemplo, na mesa. Agora que também começam a ter noção de quantidade, espero que compreendam que a mamã apenas tem dois braços, duas mãos e duas pernas e como vocês são três, terão de partilhar os dedos. Diego e Maria (o Dinis dorme como um anjo), já passaram 3 anos, tempo suficiente para perceberem que a mamã precisa de dormir a noite inteira e que dispensa caminhadas nocturnas no corredor. 
Não são apenas vocês que deveriam mudar após 3 anos. A mamã promete que vai tentar ter mais paciência antes de ameaçar com uma palmada, brincar ainda mais com vocês e tentar diminuir as repetidas idas à casa de banho no primeiro andar, que servem de escapatória para manter a minha sanidade mental. 
Mesmo que isto não aconteça, quero que saibam que vos vou continuar a amar e que o mais importante é que sejam felizes, que continuem a ultrapassar as étapas e obstáculos como até agora o fizeram e que nunca desistam. 
Amo-vos! 

 
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Tenho três filhos e sinto que não fui mãe!

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Estão quase a completar 3 anos, altura que me deixa sempre muito nostálgica. Continuo a sentir uma enorme  tristeza quando me recordo do dia em que fui internada, ainda com 26 semanas, cheia de contracções. Sempre soube que era o mais provável, mas também sempre pensei que comigo iria ser diferente, que conseguiria ter trigémeos de termo. Só que não! Sou mãe de três filhos e sempre muitas vezes sinto que não tive a verdadeira sensação do que é tornar-me mãe, de ter trazido três seres ao mundo. Dispensando as dores, que também as tive na recuperação, sinto um aperto no coração de não ter sentido uma felicidade imensa de ter sido mãe naquele dia, de não ter sido o dia mais feliz da minha vida, de não ter sentido os meus filhos em cima de mim, pele a pele, de não ter olhado para eles e contar-lhes os dedos para confirmar a perfeição... de nunca me ter sentido mãe de um recém nascido. Nesse dia, optei por estar a dormir, para não recordar o momento em que "arrancam" os meus filhos com a pressa de os ligar a um ventilador, para não ouvir as palavras de preocupação da equipa médica ou apenas porque tinha medo do silêncio, da ausência de choros. O dia do nascimento não foi o dia mais feliz da minha vida, mas foi a partir dele que obtive muitos mais dias felizes. O dia em que seguraram a cabeça, o dia em que gatinharam, o dia em que deram os primeiros passos, o dia em que me chamaram mamã e todas as etapas que foram ultrapassando é que me trouxeram a tal felicidade de ser mãe, e por esse motivo festejo com a maior alegria, por tê-los aqui comigo e com saúde! 

 


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Um indispensável para os passeios no parque

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Agora que voltámos aos passeios pelo parque, com as temperaturas mais amenas, não dispensamos na mochila, de um bacio portátil. Nesta fase em que o trio já não usa fralda de dia, em que a bexiga tanto pode encher em 30 minutos como em duas horas e o intestino não tem relógio, andar prevenida é uma mais valia. Os rapazes têm sempre alguma vantagem no que toca aos xixis, porque em caso de aflição há sempre um canteiro, mas no caso das meninas, a coisa complica-se, pelo menos com a menina cá de casa. A Maria rejeita agachar-se, negando ter xixi, logo, ter um bacio à mão, permite-me poupar bastante água e detergente. Conheci estes bacios em sites ingleses, e quando encontrei este da Saro no Sítio do Bebé, não hesitei em comprar. E de facto, dá imenso jeito. Ocupa pouco espaço na mala, porque é dobrável e traz sacos descartáveis para colocar. Além disso também serve de redutor para as sanitas, quando vamos a casas de banho públicas e não estão nas melhores condições de higiene (sempre). 

 

 

 
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Passeios de fim de Verão

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Assim que entra Setembro, parece que cá em casa, muda o chip e  a vontade de praia desaparece por completo, pelos menos por um mês, até chegar o frio.  A diferença na luz solar, o arrefecimento matinal e nocturno, a preparação de todo o ano escolar e a volta à rotina, faz-nos privilegiar mais as idas ao parque, os passeios em família e mais horas em casa. Ontem aproveitámos o domingo para ir ao mercado de Estoi, terra dos avós, ver as galinhas, os coelhos, os patos e os pássaros. São momentos que eles adoram, que servem para contactar com os animais, para compreender de onde vêm alguns dos alimentos que comemos e para comprar produtos biológicos. Não somos obcecados, mas se temos oportunidade, preferimos consumir produtos da quinta dos avós ou dos pequenos mercados. Pela tarde, depois de uma pequena sesta fomos ao parque, onde encontrámos uma amiga da creche, com dois cachorrinhos. Foi a primeira vez que o trio teve contacto com uns cães tão bebés e deliraram. O Dinis e a Maria não os largaram por um segundo, já o Diego prefere fazer umas poucas festinhas e vê-los à distância. Cada vez mais se nota gostos e preferências diferentes entre os três. 

 


 
 
 

 

 

 
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3 dias de escola nova

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Três dias de jardim de infância já passaram e  tendo em conta o cenário, acho que o balanço é positivo e a adaptação está a encaminhar-se. Todas as crianças da sala, vinte e alguns, são novas na escola, ou seja, é normal haver muito choradeira, baba e ranho, todos os dias de manhã. O trio, por enquanto ainda não chorou desalmadamente. A Maria fica bem, o Diego fica tristonho e tem alguma dificuldade em largar-me a mão e o Dinis fica de lágrima no olho, implorando sempre por mais um beijinho. Não sei como seria se fossem individualmente, mas indo os três juntos, influenciam-se muito. Se o Diego vê o Dinis a chorar, também tem tendência a agarrar-se a mim e a Maria não vai brincar enquanto eu não sair. Tem vantagens e desvantagens. Quando os fui buscar, nos primeiros dois dias, pediram imediatamente para ir para casa, mas ontem já mais contentes, saíram e voltaram a entrar na sala, sem pressas de ir embora. As conversas entre eles e comigo demonstram o conhecimento da situação, que já andam na escola dos crescidos e que o Leo (antigo educador) ficou com os bebés, mas no momento de ficarem, ainda recuam. Já conhecem os nomes de muitos coleguinhas, qual o que chorou mais ou se portou pior e já falam das auxiliares e da educadora. 
Para mim, talvez esteja a ser mais difícil, como se calcularia. Não consigo (ainda) deixar de olhar para trás e não dar aqueles últimos beijinhos, que nunca mais acabam. A diferença entre o ambiente e funcionamento de uma creche e o jardim de infância (que não é necessariamente negativa) ainda me deixa ligeiramente insegura e "às aranhas". Acho que tenho dificuldade, aliás ainda não aceitei, que deixei de ter bebés e passei a ter três crianças pequenas. 

 

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Primeiro dia de escola

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Hoje foi o início do ano lectivo para o Dinis, para a Maria e para o Diego. Um ano que começa numa escola nova, com rotinas diferentes e coleguinhas novos. Para ser sincera, não estava nos meus planos, levá-los já hoje, mas esta última semana terrível, fez-me mudar a calendarização. Adorei estar de férias com os meus filhos, adorei vê-los crescer e desenvolver tanto nestas duas semanas, mas já estavam num estado de excitação máximo em que não queriam dormir, só gritavam, implicavam uns com os outros e a minha cabeça estava prestes a explodir. A mudança das rotinas durante a primeira semana de férias fez-lhes muito bem, acho que serviu para desligarem, mas na segunda, começaram a aparecer muitas mais birras e o comportamento a piorar. Por esta razão, e também para ter tempo de comprar e preparar o material pedido, hoje iniciaram uma nova étapa das suas vidas, a entrada no jardim de infância. Como correu? Acho que correu bem! Foram logo de manhã, almoçaram e dormiram a sesta. Apenas o Dinis e o Diego choramingaram pela mãe, um pouco após ter abandonado a sala, mas de resto, comeram e dormiram. O melhor? Dormiram a sesta sem fralda e sem descuidos, uma grande preocupação para mim, uma vez que ainda usavam em casa. Claro que quando lá chegámos de manhã e os senti agarradinhos às minhas pernas, me custou deixá-los, mas deixar transparecer a minha insegurança e o meu medo, iria deixá-los mais inseguros e tristes no momento da separação. Despedi-me sem grandes rodeios, com grandes beijinhos e reforçando que os iria buscar cedo, depois da sesta. 
Quando lá cheguei, entrei na sala e gostei do que vi, um grupo de crianças, inclusive os meus filhos, super concentrados a "trabalhar" motricidade fina, sem choradeiras e felizes. Nenhum perguntou pela sua mamã nem pelo seu papá. Os três levantaram-se com calma, abraçaram-me e reconfortaram-me o coração, mostrando que estavam felizes. Sei que haverão dias mais difíceis, em que ficarão a chorar, tal como acontecia na creche, mas por enquanto o feedback é positivo, gostaram de tudo! 

 

 

 

 

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