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Duas línguas, sim ou nao?

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

No mundo em que vivemos, rodeado de competitividade, aprender a falar duas línguas pode ser uma vantagem para o futuro. De certeza que muitos pais já colocaram a hipótese de inscreverem os seus filhos em escolas de língua estrangeira, ou optaram por falar com eles noutra língua. Será que é benéfico ou nem por isso?! 
No caso dos meus filhos, apesar de ponderar os prós e os contras, não tínhamos outra opção, o pai é espanhol e eu sou portuguesa, seriam bilingues desde o nascimento, por estarem expostos às duas línguas. Existia a hipótese do pai falar português, mas como só fala "portunhol", na minha opinião, se não domina completamente a língua escrita e falada do país onde vive, deve falar com os filhos na sua língua materna, para não influenciar um desenvolvimento incorrecto dos sons do português (neste caso). 
Vários estudos indicam que as crianças bilingues não apresentam maior probabilidade de terem atraso no desenvolvimento da linguagem, mas comparando com uma criança monolingue, podem apresentar menos vocabulário e uma estrutura frásica mais pobre. Normalmente não depende da própria criança, mas sim do tipo e duração da exposição à segunda língua.
Na nossa casa, eles identificam que o pai fala diferente da mãe, compreendem a maior parte das frases, mas ainda produzem poucas palavras em espanhol. De facto, está muito relacionado com a exposição à língua, porque durante a semana passam pouco tempo com o pai e estão numa creche portuguesa e comigo, logo a língua portuguesa está mais presente. Tentamos que vejam a televisão espanhola, mas agora com a loucura do panda não está a ser fácil.  Com este contexto, tenho a certeza de que nos próximos anos, vão compreender o espanhol, mas não serão capazes de ter uma conversa fluente. Mas no meio desta "confusão" linguística ocorrem sempre situações engraçadas, como o pai apontar para um carro, dizer es un coche e eles ficarem todos zangados e repetirem carro! 


1 comentário

  1. Um carro, é um carro! Eles têm razão! �� Eu gostava muito que o G aprendesse inglês ainda pequenino, acho que eles são umas esponjinhas e absorvem tudo mais facilmente agora. Mas como sai muito do orçamento uma escola particular e somos todos portugueses cá em casa, resta-nos ir tentando de vez em quando inserir algumas coisas em inglês, mas no vosso caso é muito mais fácil! Beijinhos gandes

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