Na semana passada, a convite da Farmácia da Penha em Faro, fui assistir a uma palestra/ sensibilização para os cuidados nutricionais na infância, mais especificamente a partir dos 12 meses, com o apoio da Nestlé. Um tema que me toca como mãe, apesar dos meus filhos já terem 4 anos e também como terapeuta da fala. Os meus filhos iniciaram os sólidos muito cedo, ainda antes dos 12 meses e comem quase de tudo, no entanto, tenho a certeza que se voltasse atrás já não faria tudo da mesma forma. Mas voltando à palestra, há ideias fundamentais a reter, que a partir de um ano de idade, o bebé está apto a adoptar a alimentação da família e a acompanhar as refeições, sentados à mesa. Isto não implica que não comece antes e que não aplique outros métodos, ou mesmo o Baby Led Weaning, que tantos beneficios tem demonstrado ao ser aplicado. Não devem esquecer que os hábitos alimentares aprendidos na infância, permaneceram por toda a vida, sendo os pais e educadores, os modelos.
Quando pensamos em alimentação, o primeiro que nos vem à ideia é a nutrição e o aporte calórico, no entanto é muito mais que isso. O tipo de alimentação da criança pode influenciar e muito, a mastigação, deglutição e desenvolvimento da articulação verbal. Por esta razão, não se deve prolongar as papas e comidas passadas para além dos 12 meses. Deve-se dar preferência aos alimentos sólidos, nomeadamente a fruta aos pedacinhos e restringir a ingestão de frutas passadas aos dias de passeio.
O que fazer para potenciar hábitos alimentares correctos?
- A criança deve alimentar-se bem nas 3 refeições principais, não as substituindo por leites ou papas;
- Ensinar a mastigar e a saborear os alimentos sem pressas;
-Não utilizar alimentos como prémios ou recompensas;
- Tentar impedir ou chamar à atenção alguns membros da família que costumam oferecer alimentos prejudiciais, como os que têm excesso de açúcar ou sal;
- Ter disponíveis alimentos como fruta e iogurtes em detrimento de bolachas e sumos de pacote;
- Oferecer sempre água às refeições.
Teorias sobre a alimentação saudável há muitas e cada vez mais, no entanto considero que com moderação, variedade e bom senso, se consegue lá chegar.
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