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Isso não é nada, até ao dia que me calhou a mim!

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Adiámos este dia durante um ano, na esperança que com o crescimento passasse. A decisão não foi difícil. Estávamos conscientes que seria o melhor para ele, resulte ou não resulte a 100%. 
No entanto, o que eu sempre considerei e verbalizei  como fácil, hoje tornou-se interminável e doloroso. Quando alguém me falava em cirurgias, principalmente em adenoidectomia e amigdalectomias, que é o pão nosso de cada dia, a minha resposta além de que vai correr bem, era "isso é fácil, não se preocupem!". Até ao dia que me calhou a mim. Há já 3 dias que não deixava de pensar no assunto, na dificuldade que seria em separar-me do meu filho, na possível reacção dele e nos efeitos secundários que uma anestesia pode ter. Parvoíces de última hora, que desinquietam (ainda mais) o coração de mãe. 
Saímos cedo para o hospital. Ele tranquilo, mas com uma carga de mimo bem exacerbada. Já lhe tínhamos explicado que iria ser operado, para cortar umas bolinhas dentro do nariz e que iria para uma sala especial, mas nunca referimos que iria separa-se de nós. Vestiu a bata, mediu a tensão arterial, colocou o catéter, com a ajuda milagrosa do Livopan, sem nunca deitar uma lágrima, nem verbalizar um ai! A hora aproximava-se e eu estava a ver que quem iria precisar de uma dose de calmantes era eu. Chegámos à porta do bloco, as batas azuis aproximam-se e é hora da despedida. O Dinis continuou tranquilíssimo e eu uma pilha de nervos a enchê-lo de beijos, com medo do que poderia acontecer. Prometi-lhe estar ali, quando saísse. O anestesista aliviou um possível trauma (dele) na separação, com a medicação e anestesiou. Eu e o pai, permanecemos juntos, abraçados, sem conseguir conversar. Foram 30 minutos que pareceram uma eternidade, em que o cérebro paralisou para outro e qualquer assunto e apenas pensa no pior.  Controlei-me! 
Fui recebê-lo à porta e não chorava. Nunca chorou! 

Já estamos em casa e não poderíamos estar mais satisfeitos, com o hospital, com a equipa e principalmente com o nosso filho! E afinal, parece que não foi mesmo nada!









6 comentários

  1. Como compreendo! Há cerca de 1 ano, aos 15 meses, o meu filho (que também se chama Dinis) foi operado para retirar 2 lipomas. Todos os profissionais envolvidos nos diziam que era uma operação simples mas para mim pensar na anestesia e em entregar o meu bebé naquela sala de operações era um pesadelo. Felizmente tudo correu bem e nos dias seguintes ele comportava-se como se nada se tivesse passado. Nem dores nem desconforto parecia ter.
    Desejo que a recuperação do seu Dinis seja tão tranquila como foi a do meu :)
    Beijinho.

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  2. Não foi o pai que o operou?
    O meu pequeno tem 17 meses, e foi, como ja lhe disse, operado pelo dr Caba há uma semana.
    Não me esqueço, nem esquecerei, os gritos do meu filho quando o levaram do nosso colo. O doutor ainda nos tentou acalmar, mas acho que nem ouvi metade do que ele disse.
    E sim, é uma cirurgia simples, vem embora no próprio dia,..., mas é uma anestesia geral e uma mãe que se põe com macaquinhos porque é o meu menino... e sofreu tanto porque não percebeu o que se estava a passar com ele...
    Mas é para o bem deles. O nosso não podia adiar. ��

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  3. O nosso dia é amanhã!
    Será o dr. Eusébio a opera-la.
    Apesar da confiança não deixo de estar nervosa e apreensiva, afinal é uma anestesia geral ...
    Beijinhos

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  4. O nosso dia é amanhã!
    Será o dr. Eusébio a opera-la.
    Apesar da confiança não deixo de estar nervosa e apreensiva, afinal é uma anestesia geral ...
    Beijinhos

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    Respostas
    1. Olá!!É normal ficarmos apreensivas e preocupadas. Uma anestesia é sempre uma anestesia! Vai correr bem! Beijinho

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